Amor é a pira funerária


Amor é a pira funerária
Onde eu larguei o meu corpo.

Todas as falsas noções de mim próprio
Que outrora me troxeram medo, dor,

Transformaram-se em cinzas
Assim que me aproximei de Deus.

O que se ergueu da emaranhada teia
De pensamentos e esforços,

Agora brilha com júbilo
Através dos olhos dos anjos,

E grita das entranhas
Da própria existência.

Amor é a pira funerária
Onde o coração deve largar o seu corpo.